terça-feira, 3 de novembro de 2009

Gostaria que houvesse alguém
que ouvisse minha confissão:
não um padre – não quero que me digam meus pecados;
não minha mãe – não quero causar tristezas;
não uma amiga – não entenderia bastante;
não um amante – seria parcial demais;
não Deus – ele é tão distante;
mas alguém que fosse ao mesmo tempo o amigo, o amante,
a mãe, o padre, Deus
e ainda um estranho – não julgaria
nem interferiria,
e quando tudo já tivesse sido dito desde o início até o fim,
mostraria a razão das coisas,
daria forças para continuar
e para resolver tudo à minha própria maneira.
(Poema de uma americana de quinze anos, publicado em 1916 em The Llittle
Review).

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